terça-feira, 30 de outubro de 2012

O amor e as estações:


 “Gosto muito de comparar o amor com as flores, não um tipo especifico de flor. Digamos que, com um jardim e diversos tipos de flores. Rosas, margaridas, jasmins, violetas... Uma infinidade delas, cada uma com sua beleza, perfume e vitalidade. Gosto de comparar na verdade, o amor com a reação das flores, de acordo com as estações.

As flores, assim como o amor, são submetidas a provações.  Na primavera, as flores competem involuntariamente, a sua beleza... Uma mais linda e radiante do que a outra, fazendo com que o jardim, seja coberto de alegria. No caso do amor, a primavera seria exatamente a paixão. Não há imperfeição, não há quem possa resistir tanta beleza de dois seres que se amam, e vêem a felicidade em cada detalhe em sua volta. Paixão e primavera tem gosto de recomeço. Há sinfonia em sua volta, os mais belos pássaros cantam o encantamento das flores no jardim.

O sol queima e o verão aparece, o intenso raio de sol tira o brilho das flores. Não há mais tantos pássaros e borboletas no meio do jardim para compor a musicalidade da primavera. Todo o romantismo da estação anterior, num súbito intervalo de tempo desaparece. Dá lugar ao calor, os pesares dos ardentes dias de sol. Mas as flores, assim como o amor, se adapta a essa nova estação, para que aquele brilho anterior volte a ser exposto em beleza e simplicidade. 

Ao cair da tarde, por do sol radiante, junto a ele também, caem às folhas secas do outono. Algumas flores murcham e o jardim não parece mais ser tão coberto de vida como foi em outrora. Há quem diga que o outono é uma estação triste. Não há brilho, o sol nem é mais tão intenso e a vitalidade das flores insistem em secar... E como se não fosse o bastante o rigoroso inverno vem em seguida, faz com que, o que tinha vida, não viva mais. O amor é assim, passa por muitas vezes pelo frio, pelo gelo e indiferença do outro. Não há mais aquela beleza invencível, aquela harmonia das almas, o cantar dos pássaros. Não há mais vida. As flores do jardim estão mortas, soterradas na grossa camada de neve.

Mas no jardim da alma, no coração que não desiste de amar. Não há verão com ardente sol, outono e inverno que queimem, murchem e congelem aquilo que transborda vida de dentro para fora. O jardim que se alimenta do verdadeiro amor, lança fora o medo das diversas estações. O amor tudo sofre. Vê algumas de suas pétalas murcharem e secarem de tanta dor. Algumas flores cobertas de neve. Mas o amor também, tudo espera... E aprende que, com as mudanças de estação é preciso estar preparado, mas nunca se entregar a morte. Pois no jardim do amor, as flores fortes prevalecem, pois sabem que a gloriosa primavera as espera.

p.s: Num relacionamento é preciso estar preparado para diversas situações. E nunca esquecer que, quando se ama é necessário enfrentar os problemas , pois, por mais que o rigoroso inverno tenha lhe atingido, vai valer a pena lutar, para florescer na primavera.”  
                                                                                                       Laryssa Bernades