segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Vida de Escritor



Sempre gostei muito de escrever, sempre tive essa vontade de redigir num papel aquilo que já estava gravado no meu coração. Algumas palavras, às vezes se perde em meus pensamentos e com outras tento me expressar e sempre acho que meus textos não saem exatamente como gostaria, há sempre algo amais que eu possa dizer.
Vou contar-lhes uma breve história de uma jovem escritora na qual me identifico:

“Sophia era uma garota muito esperta, desde criança possuía um amor incondicional pelos livros. Após as aulas ela ia direto para a biblioteca pública que tinha na rua de sua casa, todos os dias ela pegava um livro e só voltava para casa quando acabara de ler. A lista de livros já lidos de Sophia era impressionante. Quando cresceu, o amor por eles continuava. Agora uma mulher bem sucedida tornando-se escritora, foi morar em outra cidade. Autora de diversos livros, de vários gêneros, romances, aventuras, livros infantis, enfim, Sophia sabia abordar diversos temas e expressá-los muito bem em suas escritas. Após alguns anos os últimos livros de Sophia já não faziam tanto sucesso, ela tinha muito medo de ter que parar de escrever para trabalhar em qualquer outra área, ela não sabia fazer mais nada ao não ser isso. Sophia achava que já havia acabado as fontes de palavras que ela tinha, não havia mais inspiração para escrever romances ou qualquer outra coisa. Muito triste e sem ter o que fazer, foi visitar seus pais na cidade onde moravam. Quase chegando próximo a casa, ela avistou no final da rua aquela biblioteca que há muitos anos fez brotar esse grande sonho em Sophia, de ser escritora. Curiosa para saber se o local estava do mesmo jeito, passou direto da casa de seus pais e foi até a biblioteca. Ela entrou, e com olhar admirado reconheceu o seu cantinho. O cantinho no qual ela costumava ficar quietinha para poder viajar dentro dos livros. Aquela época era mágica, ela sabia que tinha várias vidas, ela sentia cada personagem dentro de si, as ideias, as falas, tudo. Desde aquele momento Sophia teve a certeza de que a fonte das palavras não havia se esgotado, pois elas renovavam-se a cada dia. E sempre que Sophia escreve um livro, ela se lembra da época em que viajava sem ao menos sair do lugar. Essa é a sua grande inspiração, que todos sintam em seus livros aquilo que ela sentia quando criança a vontade de viver cada personagem. Desde então os livros de Sophia fizeram tanto sucesso que alguns viraram ‘Best Seler’ tornando-se logo em seguida filmes.”

Às vezes me sinto assim, como Sophia. Passo tempos sem escrever achando que já esgotei minha fonte de palavras, ou que já abordei todos os assuntos que poderia falar. Mas então, um fio de luz, uma lembrança ou acontecimento, trás a tona a inspiração adormecida pronta para ser transpassada num pedaço de papel.

                                                                                                                                      



Laryssa Bernades