Costumo dizer que sempre fui uma criança corajosa, nunca
tive medo do escuro, filmes de terror, palhaço ou pessoas velhas [enrugadas],
medos esses comuns em qualquer criança. Na verdade sempre achei graça de tudo
isso.
Mas hoje, infelizmente não sou mais tão corajosa assim. Não
que agora eu tenha todos esses medos. Com a idade e diversos acontecimentos que
a vida me proporcionou, ela me trouxe novos medos. Medos esses que ameaçam a
vida adulta.
Medo do diferente; do inesperado. Medo das pessoas e suas respectivas
maldades; da inveja alheia e da falta de amor. Medo das minhas constantes
falhas e a do próximo também. Medo de não saber perdoar; e não ser perdoada
quando for preciso [sempre vai ser preciso].
O que me resta, na verdade a única coisa que posso fazer e
fico feliz por isso, é confiar em Deus, porque o amor dEle lança fora todo o
medo!
Laryssa Bernades