quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Uma nota sobre a solidão.




Durante muito tempo cheguei a pensar que a grande necessidade humana era de amar e se sentir amado. Percorrendo os caminhos da vida conheci muitas pessoas, identifiquei-me com umas, bati de frente com a opinião de outras, mas algo em comum havia na maioria delas, medo da solidão.

Sempre fui uma pessoa um tanto introvertida, custa certo tempo para que eu possa sentir a vontade com as pessoas para que então eu venha mostrar minha versão mais alegre e divertida. Em geral, pessoas boas e alegres me conquistam logo de cara, sinto-me então no dever de ser reciproca.

Às vezes em meio à solidão me sinto bem mais confortável e feliz do que se eu estivesse em companhia, até mesmo em meio as melhores. Chego a pensar que solidão é um sentimento; estado de espirito; anseio da alma que pede para ser o que realmente é.

Muitas pessoas sentem medo dela, sentem-se perdidas e inversas; preocupadas como se estivessem em meio ao caos, como se não tivessem saída e que companhia fosse chave para a fuga da tristeza. Sentir-se acompanhado é bem melhor que ser amado [para alguns].

Acho até que por isso muitos relacionamentos [seja lá qual for] não dão muito certo, porque as pessoas não se preocupam em liberar espaço em si mesmo do seu egocentrismo e satisfação pessoal para a alegria e satisfação do outro. Então pouco importa quem esteja ao lado, o importante é que não esteja só. Na minha mais singela opinião, isso não passa de medo.

Não se preocupe em estar ou não só, na verdade nunca estamos completamente sozinhos, querendo ou não; mais cedo ou mais tarde aparece alguém que queira juntar a sua solidão com a nossa e aí fica tudo certo!

p.s: Eu prefiro estar na companhia de pessoas que eu amo, do que estar com qualquer pessoa por simples ‘“solidãofobia’” [medo da solidão].

                                                                                                               Laryssa Bernades

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